Colecção Privada DSF Branco & Tinto

Uma Colecção Privada que tem um toque um tanto estranho. Existe uma toda mistura de castas portuguesas e estrangeiras que nem nos nossos sonhos as juntaríamos. Vou ser bastante directo. Gostei mais do Tinto que o Branco.

 

O branco (Grüner Veltliner, Rabigato e Viognier, 2012) achei um pouco leve de mais. Faltou-lhe um pouco mais... É bom , sim senhor, mas não chegou lá. Um bom branco para servir com aperitivos. Tem a vantagem de ter apenas 11,5% vol. e por isso pode-se cometer o pecado de encher mais um copo no início da refeição.

 

O tinto (Syrah e Touriga Francesa, 2011) gostei bastante. Quando olhei para o rótulo pensei que estaria na presença de um 50/50. Mas muito longe disso. 95% de Syrah e apenas 5% de Touriga Francesa. Por lei, podiam ter dito que era monocasta, mas não... Não teve em barricas mas desengane-se quem pensa que podia ter passado para melhorar. Está muito bom. Cheio de fruta e especiarias. Taninos impecáveis na boca, acidez no ponto e um corpo delicioso. Recomendo vivamente!

Colheitas 2012 - Monte da Ravasqueira - Branco / Rosé

No seguimento do post anterior, a empresa Monte da Ravasqueira apostou em novos rótulos para esta gama de entrada. Cada vez mais se aposta "alto" nas gamas de entrada, na esperança de realizarem boas vendas e cativarem o cliente na imensidão de rótulos nas prateleiras de supermercados.

 

Os rosés continuam a ser os filhos bastardos dos vinhos em Portugal. Ou se bebe tinto,branco ou uma bela cerveja... Poucos tocam no rosé. Erradamente! Os rosés mostram agora muito melhor qualidade. Mais frutados, mais estruturados e a preços acessíveis. Este não foi excepção. Muita fruta vermelha, acidez razoável e um corpo de médio porte.

 

Nota: 3 Estrelas

 

O branco, de 2012, pede muito calor e muito marisco. Será um óptimo vinho de entrada. Muita fruta branca abunda no copo, toques herbáceos e ligeiro mineral. Boca de corpo simples, acidez q.b. e a fruta a confirmar o nariz (fruta branca). Um bom branco!

 

Nota 3 Estrelas

 

Venha o camarão e uma boa conversa!

Boas Vinhas Tinto 2009 & Branco 2011

O Dão tem vindo a sofrer mudanças benéficas no que toca à roupagem das garrafas. Têm-se tornado bastante mais apelativas, mais limpas e com um marketing muito mais apelativo e directo.

 

Esta marca "Boas Vinhas" veio quase revolucionar essa mudança. Surgiu no mercado com uma força tremenda e a partir daí nunca mais parou. Conseguiu entrar no mercado mais competitivo que existe de uma forma brilhante, vencendo prémios atrás de prémios e o falatório deu lugar a vendas muito boas.

 

Escolhi o ano de 2009 no tinto pois queria mostrar que vinhos mais baratos também podem ter um bom descanso em garrafa. Mostrou-se bastante bem em prova, com aromas de fruta vermelha madura, alguns arromas de fumo e flores. Boca com taninos agradáveis, mais equilibrado agora e mais consistente.

 

Nota: 3 Estrelas

 

No que toca ao branco, este ano de 2011 foi um ano em que brancos sairam bastante frescos e com acidez bastante agradável e este não foi excepção. Fortes aromas minerais e fruta tropical. Não existe muito para falar, são vinhos directos e focados no objetivo de agradar a qualquer um. Muito bem feito este branco. Muito bem feito mesmo!

 

Nota: 3 Estrelas

 

Um trabalho a ser continuado assim por Nuno Cancela de Abreu, na quinta em Mortágua. Excelente RQP o que arrebata qualquer concorrência. Venham mais assim.

Ainda existe "Gama de Entrada" nos vinhos?

É impressão minha ou os vinhos chamados Gama de Entrada estão com uma qualidade nunca antes vista? Isto num sentido geral, claro...

 

 

Muita gente já perdeu a desculpa que não bebe bom vinho porque o dinheiro não chega. Hoje em dia, com 2€, 3€ e 4€ já se compram vinhos de qualidade razoável e até bons.

Os últimos 3 vinhos que provámos foram:

 

- Flor de Nelas Tinto 2010

- Loios Tinto 2011

- Quinta da Alorna Tinto 2010

 

Todos eles foram comprados no supermercado aqui da zona por menos de 5€. Vinhos bastante fáceis de provar, abertos, saudáveis e de aromas limpos e jovens. Quero destacar a estrutura do Flor de Nelas, um vinho bastante consistente e uma das marcas mais bem posicionadas no Dão. Grande RQP. Enquanto o Loios 2010 mostrou-se mais suave e frutado, o Alorna 2010 teve um travo mais vegetal e a fruta a surgir muito menos madura.

 

3 Boas escolhas para todos os dias.

 

Nota: 3 Estrelas

BSE Branco Seco 2012

 

Este tem sido um dos vinhos mais badalados na rede blogger e por isso não vou alongar muito mais do que é útil e importante. Quero reter neste pequeno texto que se trata dum vinho indicado para uma mesa mediterrânica. Abundante em saladas, carnes brancas e algum marisco. Vinhos leves...

 

Mostrou-se bem em prova, fresco, acidez equilibrada e um corpo leve e reconfortante. Aromas a fruta tropical e um ligeiro vegetal. Tudo o que se pede de um vinho branco "de Verão".

 

Caro? Não! Cerca de 4€.... Andam por aí muitos que pedem o dobro e não valem metade deste.

Nota: 3 Valores

5 “Tintos do Dão 2010” até 5€ - Nossa Escolha (Parte I)

 

Requisitos:

- Preço até 5€

- Vinho Tinto

- Região do Dão

- Ano de Colheita: 2010

 

Não temos como foco fazer descrições dos vinhos em questão. Listas simples requerem de poucas palavras e apenas do essencial. Leve a lista na sua próxima ida às compras. São vinhos para consumir no dia-a-dia dos portugueses sem desiludir a cada refeição que é tomada. Acreditamos que as 5 hipóteses que damos são hipóteses credíveis a 100%. São vinhos que têm alguns meses em garrafa e por isso estão, neste momento, prontos a ser consumidos.

• Quinta de Saes Colheita Exclusiva 2010 (Álvaro de Castro)

• Boas Vinhas 2010 (Soc. Agrícola Boas Quintas)

• Quinta da Ponte Pedrinha 2010

• Quinta da Garrida 2010 (Caves Aliança)

• Quinta do Sobral 2010

 

Os vinhos não estão apresentados por ordem de qualidade. São apenas 5 boas escolhas que temos a certeza que irá apreciar. Também sabemos que fazer uma lista de 5 vinhos é algo que sabe a pouco visto a região do Dão estar tão bem posicionada nesta gama de preço. A qualidade está a aumentar e parece que o público está a perceber isso.

Hexagon Tinto 2008

O ano de 2008, sem dúvida, foi um ano excepcional para a produção de vinhos tintos. Podemos dizer que foi um excelente ano para todo o país. A Região de Setúbal ficou mais rica desde que este vinho (José Maria da Fonseca) foi lançado para o mercado. Em primeiro lugar, é raro ver uma colheita recente deste vinho (realizado apenas em anos de grande qualidade) e em segundo lugar, mostra uma qualidade bastante consistente e convincente.

 

 

Cor escura, opaca. Dificil início de prova, fechado. Passado uns 5 minutos no copo, o vinho mudou drásticamente de figura. Soltou aromas de fruta negra e vermelha, toda ela madura e macerada. Chocolate preto, after-eight e camomila. Um misto bastante bem feito e pujante. Boca com uma classe incrível. Taninos redondos e uma acidez incrível. Destacamos o excelente conjunto entre fruta e madeira. Um vinho que irá ter um repouso em garrafeira magnífico.

 

Um vinho que impressiona. Castas portuguesas e internacionais compoêm o lote. Um estágio em madeira que pareceu ser muito cuidado e uma longevidade que promete. Preço que ronda a casa dos 40€-50€.

 

Nota: 5 Estrelas

 

Made in Portugal Wines