Colecção Privada DSF Branco & Tinto

Uma Colecção Privada que tem um toque um tanto estranho. Existe uma toda mistura de castas portuguesas e estrangeiras que nem nos nossos sonhos as juntaríamos. Vou ser bastante directo. Gostei mais do Tinto que o Branco.

 

O branco (Grüner Veltliner, Rabigato e Viognier, 2012) achei um pouco leve de mais. Faltou-lhe um pouco mais... É bom , sim senhor, mas não chegou lá. Um bom branco para servir com aperitivos. Tem a vantagem de ter apenas 11,5% vol. e por isso pode-se cometer o pecado de encher mais um copo no início da refeição.

 

O tinto (Syrah e Touriga Francesa, 2011) gostei bastante. Quando olhei para o rótulo pensei que estaria na presença de um 50/50. Mas muito longe disso. 95% de Syrah e apenas 5% de Touriga Francesa. Por lei, podiam ter dito que era monocasta, mas não... Não teve em barricas mas desengane-se quem pensa que podia ter passado para melhorar. Está muito bom. Cheio de fruta e especiarias. Taninos impecáveis na boca, acidez no ponto e um corpo delicioso. Recomendo vivamente!

Boas Vinhas Tinto 2009 & Branco 2011

O Dão tem vindo a sofrer mudanças benéficas no que toca à roupagem das garrafas. Têm-se tornado bastante mais apelativas, mais limpas e com um marketing muito mais apelativo e directo.

 

Esta marca "Boas Vinhas" veio quase revolucionar essa mudança. Surgiu no mercado com uma força tremenda e a partir daí nunca mais parou. Conseguiu entrar no mercado mais competitivo que existe de uma forma brilhante, vencendo prémios atrás de prémios e o falatório deu lugar a vendas muito boas.

 

Escolhi o ano de 2009 no tinto pois queria mostrar que vinhos mais baratos também podem ter um bom descanso em garrafa. Mostrou-se bastante bem em prova, com aromas de fruta vermelha madura, alguns arromas de fumo e flores. Boca com taninos agradáveis, mais equilibrado agora e mais consistente.

 

Nota: 3 Estrelas

 

No que toca ao branco, este ano de 2011 foi um ano em que brancos sairam bastante frescos e com acidez bastante agradável e este não foi excepção. Fortes aromas minerais e fruta tropical. Não existe muito para falar, são vinhos directos e focados no objetivo de agradar a qualquer um. Muito bem feito este branco. Muito bem feito mesmo!

 

Nota: 3 Estrelas

 

Um trabalho a ser continuado assim por Nuno Cancela de Abreu, na quinta em Mortágua. Excelente RQP o que arrebata qualquer concorrência. Venham mais assim.

Ainda existe "Gama de Entrada" nos vinhos?

É impressão minha ou os vinhos chamados Gama de Entrada estão com uma qualidade nunca antes vista? Isto num sentido geral, claro...

 

 

Muita gente já perdeu a desculpa que não bebe bom vinho porque o dinheiro não chega. Hoje em dia, com 2€, 3€ e 4€ já se compram vinhos de qualidade razoável e até bons.

Os últimos 3 vinhos que provámos foram:

 

- Flor de Nelas Tinto 2010

- Loios Tinto 2011

- Quinta da Alorna Tinto 2010

 

Todos eles foram comprados no supermercado aqui da zona por menos de 5€. Vinhos bastante fáceis de provar, abertos, saudáveis e de aromas limpos e jovens. Quero destacar a estrutura do Flor de Nelas, um vinho bastante consistente e uma das marcas mais bem posicionadas no Dão. Grande RQP. Enquanto o Loios 2010 mostrou-se mais suave e frutado, o Alorna 2010 teve um travo mais vegetal e a fruta a surgir muito menos madura.

 

3 Boas escolhas para todos os dias.

 

Nota: 3 Estrelas